sábado, 4 de julho de 2009

Feliz aniversário vó Irene!


Dia 06 essa mulher incrível celebraria 79 anos de vida e este post é em sua memória e homenagem. Lembro que em dias de aniversário, vovó tinha a colcha de festa, a toalha de mesa de festa, faxina era certo e tomar cerveja, sambar, ficar com sua família era sua predileção. Uma vez eu quis dar a ela uma caixinha de música e meu tio Neilson (quem custeava os presentes) achava que ela não ia gostar, que o presente tinha que ser útil e aí eu o convenci a dar um disco da Clara Nunes, que aprendi a gostar com ela. Vovó gostou, mas não era muito fácil de ser agradada e dar presente, ou eu que não tinha muita noção na época. Em todos os aniversários, na verdade, você foi o presente em minha vida e lamento você ter vivido tão pouco para eu não poder te agradecer em vida, retribuir com muito amor, carinho toda a sua dedicação, vó! Te amo muito, incondicionalmente e no dia 06, sinto sua presença. Ainda dói lembrar de você, porque lamento muito a perda e não mexo muito nessa dor, mas quero tua presença suave, como uma briza e que você tenha muita luz onde está agora.

Faço homenagens a ti quase todos os dias, quando pinto as unhas de vermelho, quando tento dar solução ao que parecia insolúvel e trabalhando bastante e amando a família. Sou tua representante fiel e as sementes brotaram. Neste teu aniversário in memorian, eu que me sinto presenteada por ter sido tua neta filha e teu sorriso era tudo de bom. Te amo vó!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Andei por todos os jardins

Eu estudei no Monclar, na Venda da Cruz, em São Gonçalo e lá era tradição, levar uma rosa vermelha e cantar em coro com toda a escola e mesmo adolescente, eu comprava uma rosa e cantava pra ela e entregava a rosa ao final, como fazia quando era pequena.

Andei por todos os jardins
procurando uma flor para lhe ofertar
Em lugar algum eu encontrei
A flor, perfeita pra te dar
Enfeita nossos sonhos
Perfuma, nossa ilusão
Iluminando a minha alma
Flor mamãe, amor perfeito!

Achei no youtube:

Dia das mães e vó Irene


Dia das mães lá em casa era a semana inteira. Faxina mais que especial, tira tudo dos armários, lustra as latas de alumínio, escolhe cardápio. No dia mesmo era melhor...a casa já tava encerada, o chão brilhando, como diz tia Norma, "Limpeza, Deus amou" e então o astral da limpeza contagiava. Tinha a toalha da mesa de festa, a louça de festa, a colcha de festa que eram cuidadosamente retirada dos guardados para uso. Tio Neilson sempre mandava um bouquêt de fores e ela colocava orgulhosamente na jarra, que ficava ao centro da mesa que era o máximo (vintage), abria e virava um mesão. Pena não termos mais essa mesa. Tia Kátia guarda uma toalha que tem flores e está bem velhinha. Sugeri cortarmos as flores e aplicarmos em um tecido. Pode ser um bom motivo para ficarmos juntos em um trabalho manual tão afetivo. Mas, voltando ao dia das mães...quando dava 11:00, começavam a chegar, filhos, noras e netos e os primos brincaaaaavam até cansarem, comíamos coisas deliciosas e foram inesquecíveis esses momentos vó!

Quando juntos estamos no samba e ouvimos essa, vó, ficamos alegres em tua homenagem

Vovó sempre nos ensinava a sambar, dançar, festejar juntos...e aí é inevitável. Quando estamos em roda de samba juntos e eles mandam "oh Irene"...trocamos olhares certeiros de que agora é pra ela e caprichamos no samba...então, aqui a homenagem, vó:

Ô Irene
Fundo de Quintal
Composição: Beto Sem Braço / Geovana
Ô Irene,
Ô Irene
Ô Irene,
Ô Irene
Vai buscar o querosene
Pra acender o fogareiro
Eu disse mel, alfavaca
Feitos do manjericão
Arruda e pimenta
Pra dispersar o mau olhado
Meu pai minha mãe mandou
Meu pai minha mãe mandou
Meu pai minha mãe mandou você
Tomar um banho de alecrim cheiroso
De alecrim cheiroso, de alecrim cheiroso

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Primeiro post

Essa mulher pequenininha era enorme. Mãe de 11 filhos, perdeu dois e criou os nove. Na época em que antibiótico ainda nem existia, com seu dom e amor curou e cuidou dos seus filhos, mesmo diante de varias doenças, como polio, etc. Temperamento difícil, coração enorme, engenheira por natureza, embora tenha estudado pouco. Não tem muitas fotos, muitos registros, então, vou ilustrar com lembranças, canções e tudo que tiver ao meu alcance. Eu gostaria de ter uma filha e homenagear com o nome dela, mas depende do pai da criança também...então, achei que o blog, assim como fiz o da mamãe, seria um bom motivo a celebrar a existência dela, e contar um pouco de sua história aos que estão aqui hoje.