sexta-feira, 8 de maio de 2009

Andei por todos os jardins

Eu estudei no Monclar, na Venda da Cruz, em São Gonçalo e lá era tradição, levar uma rosa vermelha e cantar em coro com toda a escola e mesmo adolescente, eu comprava uma rosa e cantava pra ela e entregava a rosa ao final, como fazia quando era pequena.

Andei por todos os jardins
procurando uma flor para lhe ofertar
Em lugar algum eu encontrei
A flor, perfeita pra te dar
Enfeita nossos sonhos
Perfuma, nossa ilusão
Iluminando a minha alma
Flor mamãe, amor perfeito!

Achei no youtube:

Dia das mães e vó Irene


Dia das mães lá em casa era a semana inteira. Faxina mais que especial, tira tudo dos armários, lustra as latas de alumínio, escolhe cardápio. No dia mesmo era melhor...a casa já tava encerada, o chão brilhando, como diz tia Norma, "Limpeza, Deus amou" e então o astral da limpeza contagiava. Tinha a toalha da mesa de festa, a louça de festa, a colcha de festa que eram cuidadosamente retirada dos guardados para uso. Tio Neilson sempre mandava um bouquêt de fores e ela colocava orgulhosamente na jarra, que ficava ao centro da mesa que era o máximo (vintage), abria e virava um mesão. Pena não termos mais essa mesa. Tia Kátia guarda uma toalha que tem flores e está bem velhinha. Sugeri cortarmos as flores e aplicarmos em um tecido. Pode ser um bom motivo para ficarmos juntos em um trabalho manual tão afetivo. Mas, voltando ao dia das mães...quando dava 11:00, começavam a chegar, filhos, noras e netos e os primos brincaaaaavam até cansarem, comíamos coisas deliciosas e foram inesquecíveis esses momentos vó!

Quando juntos estamos no samba e ouvimos essa, vó, ficamos alegres em tua homenagem

Vovó sempre nos ensinava a sambar, dançar, festejar juntos...e aí é inevitável. Quando estamos em roda de samba juntos e eles mandam "oh Irene"...trocamos olhares certeiros de que agora é pra ela e caprichamos no samba...então, aqui a homenagem, vó:

Ô Irene
Fundo de Quintal
Composição: Beto Sem Braço / Geovana
Ô Irene,
Ô Irene
Ô Irene,
Ô Irene
Vai buscar o querosene
Pra acender o fogareiro
Eu disse mel, alfavaca
Feitos do manjericão
Arruda e pimenta
Pra dispersar o mau olhado
Meu pai minha mãe mandou
Meu pai minha mãe mandou
Meu pai minha mãe mandou você
Tomar um banho de alecrim cheiroso
De alecrim cheiroso, de alecrim cheiroso

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Primeiro post

Essa mulher pequenininha era enorme. Mãe de 11 filhos, perdeu dois e criou os nove. Na época em que antibiótico ainda nem existia, com seu dom e amor curou e cuidou dos seus filhos, mesmo diante de varias doenças, como polio, etc. Temperamento difícil, coração enorme, engenheira por natureza, embora tenha estudado pouco. Não tem muitas fotos, muitos registros, então, vou ilustrar com lembranças, canções e tudo que tiver ao meu alcance. Eu gostaria de ter uma filha e homenagear com o nome dela, mas depende do pai da criança também...então, achei que o blog, assim como fiz o da mamãe, seria um bom motivo a celebrar a existência dela, e contar um pouco de sua história aos que estão aqui hoje.